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A (Des)Associação do Centro Cultural e Recreativo de Fornos

A (Des)Associação do Centro Cultural e Recreativo de Fornos

"Era uma vez..." assim começam todas as histórias de encantar, mas esta de encanto nada tem, por este andar teremos de começar esta historia com "O Centro Cultural e Recreativo de Fornos foi de vez..."

Alavancado pelo despertar cultural, intelectual e económico que pulsava no país, em abril de 1973 é criado em Fornos o Centro Cultural e Recreativo de Fornos (CCRF), com a finalidade de promover atividades culturais e recreativas aos seus associados.

Durante os anos que se seguiram, da década de 70 e 80, foram inúmeras as atividades desenvolvidas desde o futebol de salão (sim existe um ringue, mas hoje deixado ao abandono e sem acesso a quem queira fazer usufruto), atletismo, snooker, pesca, entre outras atividades lúdicas e recreativas promotoras do convívio entre sócios, a comunidade fornense e as freguesias vizinhas.

Na década de 90, dinamiza teatro amador e surge aquela que veio a ser o ex-líbris da associação, a Escola de Música do Coral de Fornos, e que se mantém, sob a contemporânea designação de Conservatório, a fiel herdeira de todo este passado.

Lamentavelmente, pouco tempo após o virar do milénio, surge uma desconexão com a comunidade, uma ausência de diálogo e uma total falta de projetos que promovam a participação ativa da população fornense.

Agora que vamos a meio da nossa história, urge perguntar:

O QUE É FEITO DO CENTRO CULTURAL E RECREATIVO DE FORNOS?

- Porque parou de dinamizar eventos culturais e recreativos?
- Porque deixou de aceitar sócios?
- Há algum benefício em afastar o CCRF dos fornenses?

E o fim desta história?

Bem, esse é aquele que ninguém quer contar, porque quando falamos em cultura, na realidade tratamos de toda a alma de uma sociedade, a essência da sua identidade. Quando falamos em associativismo, na realidade apelamos à intervenção e responsabilização dos cidadãos na criação duma sociedade mais participativa, inclusiva e dinâmica, que nos dias que correm, tanta falta nos faz. Não podemos cruzar os braços perante a indolência dos dirigentes de uma associação que nos usurpam deste direito fundamental, comprometendo os interesses comuns e o futuro da nossa comunidade. Cabe a nós, cidadãos, lutar pela defesa dos nossos direitos e da nossa identidade. Só nós poderemos mudar o rumo desta história.