"O Assalto à Bastilha"
No tranquilo cenário de Fornos, uma história inacreditável de paranóia e autocracia emerge com um toque de ironia histórica.
O Centro Cultural e Recreativo de Fornos (CCRF), que deveria ser um farol da cultura local, viu o seu presidente reagir ao interesse de meia dúzia de jovens em tornarem-se sócios como se estivesse enfrentando um "Assalto à Bastilha".
Um momento que deveria ter sido celebrado como a renovação da comunidade, o presidente da direção do CCRF assumiu, com um espírito antiquado, que os jovens só poderiam estar lá para uma coisa: tirá-lo do poder. Essa mentalidade de "nós contra eles" é precisamente o tipo de atitude que impede o crescimento e a revitalização de instituições como o CCRF.
A verdade é que a juventude é a força vital de qualquer comunidade. O envolvimento dos mais jovens não só assegura a preservação de tradições e valores, mas também traz uma visão fresca e inovadora, capaz de impulsionar novas iniciativas e estratégias. O interesse de jovens em se envolverem nas atividades do CCRF deveria ser recebido com entusiasmo e apoio mas, em vez disso, preferiram ver inimigos onde estavam aliados, e o resultado é um ambiente de desconfiança que não beneficia ninguém.
A história da Bastilha é recordada como um símbolo de resistência às práticas autoritárias, e é irónico que o presidente da direção do CCRF tenha escolhido reagir dessa maneira ao interesse de jovens em contribuir para o bem da comunidade. Em vez de fechar as portas, o CCRF deveria estar a abrir as portas para a participação de todos, independentemente da idade.
A comunidade de Fornos merece um CCRF que celebre a inclusão, a diversidade e a participação de todas as gerações. Em vez de criar teorias de conspiração, é hora de unir esforços e construir um CCRF onde a cultura e a recreação possam prosperar para o benefício de todos.